terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Evangelho segundo Jesus Cristo

José Saramago


Sinopse I:


O  livro conta uma história humanizada da vida de Jesus e alude a uma sua eventual relação com Maria Madalena (no livro, foi com ela que Jesus "conheceu o amor da carne e nele se reconheceu homem"). 

Ao adoptar essa perspectiva, de humanização de Cristo, distante da representação tradicional do Evangelho Saramago coloca que a propagada histórica da crucificação de Jesus, "um revulsivo forte, qualquer coisa capaz de chocar as sensibilidades e arrebatar os sentimentos",  resultou na imposição de "uma história interminável de ferro e de sangue, de fogo e de cinzas, um mar infinito de sofrimento e de lágrimas",  de acordo com a sua visão de mundo, segundo a qual “por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel", e que, "no fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. 


Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. 

São palavras duras, mas há que dizê-las".

 Isso levou a que o livro fosse considerado ofensivo por diversos sectores da comunidade católica, a que ele sofresse perseguição religiosa em seu próprio país, e a que o governo português, pressionado pela Igreja Católica e por meio do então Subsecretário de Estado da Cultura de PortugalSousa Lara, vetasse este livro de uma lista de romances portugueses candidatos ao Prémio Aristeion por "atentar contra a moral cristã".

Em reacção a este acto do Subsecretário de Estado, que considerou censório, Saramago abandonou Portugal, passando a residir na ilha de LanzaroteIlhas Canárias[9] , onde permaneceu até a sua morte.

fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Evangelho_segundo_Jesus_Cristo


Sinopse II:



"«É a obra mais polémica de José Saramago e aquela que, indirectamente, o levou a sair de Portugal e a refugiar-se na ilha espanhola de Lanzarote. 


Ficou para a história o desentendimento com o então subsecretário de estado da Cultura Sousa Lara, que considerou o livro ofensivo para a tradição católica portuguesa e o retirou da lista do Prémio Europeu de Literatura. 

Com um José destroçado por ter fugido e deixado as crianças de Belém nas mãos dos assassinos de Herodes; com uma Maria dobrada e descrita, logo no início do livro, em pleno acto de conhecer homem; com um Jesus temeroso, um Judas generoso, uma Madalena voluptuosa, um Deus vingativo e um Diabo simpático, não era de esperar outra reacção das almas mais sensíveis e mais devotas do catolicismo português. 

E verdadeiramente viperinas são as várias páginas onde o escritor português se entretém a descrever minuciosamente os nomes e a forma como morreram os mártires dos primeiros séculos do cristianismo.

 Assim se escreveram os heréticos Evangelhos segundo Saramago, para irritação de muitos e prazer de alguns. Como convém.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)"




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